segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

NOVA EDITORA DE DANÇA



















A PRÍNCIPE é uma editora de Lisboa, inteiramente dedicada a editar música de dança contemporânea 100% real a ser produzida nesta cidade, nos seus subúrbios, bairros sociais e guetos. Novos sons, formas e estruturas com o seu próprio código de poética e identidade cultural. Querem certificar-nos que o trabalho incrível que está a ser produzido aqui, seja em house, techno, kuduro, batida, kizomba, funaná, tarrachinha ou noutro novo desenvolvimento estético ainda inominável, deixe de permanecer desconhecido fora dos nossos clubes, telemóveis e quartos.

Todo o trabalho gráfico é concebido e executado por Márcio Matos. Todas as cópias são individualmente trabalhadas em stencil e pintadas à mão – logo cada uma delas é única. Toda a masterização do som é realizada com filosofia por Tó Pinheiro da Silva, genial e veterano engenheiro de som, no seu estúdio caseiro. A editora foi criada por José Moura (Flur; DJ e jornalista), Márcio Matos (Flur; artista plástico e DJ), Nelson Gomes (Filho Único; músicos nos Gala Drop) e Pedro Gomes (Filho Único; músico).

As suas duas primeiras edições, em vinil maxi-single / 12’’ - DJ Marfox ‘Eu Sei Quem Sou EP’, uma obra-prima de kuduro instrumental e Photonz ‘WEO / Chunk Hiss’, dois clássicos instantâneos de tech-house, estão já à venda em várias lojas independentes nacionais por todo o país, e nos primeiros dias em que têm estado disponíveis ao público têm tido resultados de vendas fantásticos por toda a Europa, Estados Unidos e Japão. A imprensa que já saiu sobre a música tem sido unânime em demonstrar enorme entusiasmo pela música.

Ambos os discos estão disponíveis ao público a partir do nosso SoundCloud em http://www.soundcloud.com/principepromos , com ‘edits’ de minuto e meio para cada tema.

Para dia 25 de Fevereiro, sábado à noite, está marcada a primeira das Noites Príncipe no Musicbox, que arranca pela 1h30 da manhã com DJ set de aquecimento da Príncipe (José Moura / Márcio Matos / Nelson Gomes / Pedro Gomes), seguindo-se DJ Marfox pelas 3h, e Photonz pelas 4h30, até as portas fecharem já com a luz da manhã lá fora, pelas 7h. A entrada dá direito a duas bebidas pelo preço de 8€. Mais informações sobre esta noite em http://www.musicboxlisboa.com/post.php?id=614&cat=2


P001
DJ MARFOX
“Eu Sei Quem Sou EP”
Vinil 12"

Escrito e produzido por Marfox
Masterizado por Tó Pinheiro da Silva

12’’ de estreia para DJ Marfox e Príncipe, “Eu Sei Quem Sou” é o melhor grito que podíamos conceber para as nossas intenções colectivas para o presente & futuro. O disco representa o que o Marfox sempre nos deixou claro através do seu trabalho – uma visão única de progressão tecnológica, artística e cívica. Tudo é sobre teres o teu próprio código de conduta, saber de onde vens; sobre a maneira como ele escolheu progredir através da sua música.

Marfox, nascido em São Tomé e Príncipe, é uma autêntica lenda urbana, suburbana e do gueto lisboeta. Conhecemo-lo ainda um prodígio adolescente, já produtor e DJ, e desde os seus primeiros êxitos, por volta de 2007-2008 (no YouTube, através de mp3’s que têm andado a ser trocados por aí fora e na mítica compilação 'DJ's di Ghetto', produzida com a sua crew com o mesmo nome) elevaram-no a um estatuto ícone nesse Portugal e em inúmeras comunidades africanas na Europa, bem como numa rede global de entusiastas dedicados que procuram e promovem novos desenvolvimentos nesta cultura e território sonoro.

O EP inclui quatro arquetipais clássicos instantâneos – um banger de festa de bairro, um brilhante exercício de percussão, um épico tecnóide (barroco, escuro & labiríntico) e a melhor peça de garage>kuduro que já ouvimos até hoje. São todas 100% batida (kuduro instrumental) produzido por um dos seus (mais novos) visionários, prova tangível do tipo de estrago benigno que DJ Marfox irá inflingir nos próximos largos anos. Ilustra o enorme poder da sua música e as matrizes estéticas nucleares com as quais trabalha. Baixo e percussão são construídos para impacto maximizado, com os vários elementos rítmicos virtuosamente desenhados para afectar o indivíduo no corpo e na cabeça, sem nunca perdendo extrema intricacia, sempre riquíssimos e focados na contínua progressão da forma e da métrica.

As linhas melódicas e os leads, atacando através da total amplitude do espectro sonoro, de transmissões de sub-woofer a teclados ténuamente iluminados, chegam-nos com uma poética brutal, e são do domínio exclusivo da Lisboa periférica, um extenso pedaço de terra com um novo conjunto de padrões culturais, singularidades artísticas e de personalidade que começam as suas transmissões de alcance mundial a partir daqui. É um absoluto privilégio e uma honra partilhar este momento convosco.

Para dia 25 de Fevereiro, sábado à noite, está marcada a primeira das Noites Príncipe no Musicbox, que arranca pela 1h30 da manhã com DJ set de aquecimento da Príncipe (José Moura / Márcio Matos / Nelson Gomes / Pedro Gomes), seguindo-se DJ Marfox pelas 3h, e Photonz pelas 4h30, até as portas fecharem já com a luz da manhã lá fora, pelas 7h. A entrada dá direito a duas bebidas pelo preço de 8€. Mais informações sobre esta noite em http://www.musicboxlisboa.com/post.php?id=614&cat=2


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PHOTONZ
“WEO / Chunk Hiss”
Vinil 12"

Escrito e produzido pelos Photonz
Masterizado por Tó Pinheiro da Silva

Dois lados da mesma moeda – com a sua estreia na Príncipe, os Photonz oferecem uma personalizada & 100% contemporânea interpretação da sua paixão pré-adolescente pela cena rave que eles não conseguiram viver no seu tempo áureo (o Marco e Miguel eram menores de idade na altura).

Uma faixa em cada lado, e ambos os temas são os mais longos que os Photonz alguma vez já lançaram. “WEO” vibra como corrente eléctrica, com gritos selvagens dando à faixa as suas ordens de marcha, e essas são “thou shalt groove and bounce and bend time to Future-Past” (claro). Muitas coisas boas das quais nos lembramos da nave-mãe do techno estão presentes aqui: bleeps, breaks, drama, jack, explosões e um sempre necessário léxico completo de ‘deepness’.

“Chunk Hiss” começa e acaba com o som de ondas e gaivotas em loop provocando um efeito hipnótico (mas não pensem em baleárico – esta é um muito particular tipo de gente que efectivamente vive ao pé do mar, como vocês sabem). Entre as duas extremidades, o eixo de toda a provação é uma fulgurante batida jack que apenas pausa para se reintegrar e reformar a si mesma em várias maneiras psicotrópicas e quânticas. A faixa tem um extenso, quase meditativo desfalecimento rítmico, algo para os amantes da pista de dança curtirem a meia-luz tal como costumavam fazer.

Tanto num clube pequeno, numa disco gigante ou no museu de arte contemporânea local, este maravilhosamente rico par de faixas, executadas com a habilidade dos verdadeiros artesãos irá garantir que a transcendência está a tomar o controlo dos acontecimentos onde quer que estas malhas estejam a ser tocadas – basta deixá-las respirar. Dêem uma escunta atenta nos segmentos de solo particularmente assombrosos em ambas as faixas, onde uma ultra precisa máquina de techno progressivo parece ser capaz de manipular formações minerais e refracções de luz vindas de todo o tipo de ângulos majestosos.

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