quarta-feira, 28 de outubro de 2009

MICRO AUDIO WAVES COM NOVO TRABALHO






Os Micro Audio Waves são hoje um dos projectos mais vibrantes da cena nacional. Com lotações esgotadas em Portugal e no estrangeiro e o aplauso unânime de espectadores e jornalistas, ZOETROPE, o poderoso espectáculo que criaram em parceria com o coreógrafo Rui Horta, transformou-se ao longo de dois anos de intenso trabalho, ganhando indentidade própria e atingindo um patamar de qualidade e rigor habitualmente associado a grandes projectos internacionais.

A 11 de Novembro, os Micro Audio Waves e Rui Horta regressam ao palco da Culturgest para lançar o registo em DVD de ZOETROPE e simultaneamente o CD contendo as versões de estúdio dos temas que integram o espectáculo. Gravado nesse mesmo local, num inesquecível espectáculo que se afirmou como um dos pontos altos da digressão, é um registo que projecta bem alto a mais recente criação portuguesa contemporânea, não só ao nível da música, mas também da encenação, luzes, figurinos e som. As imagens de ZOETROPE atingem-nos com a força de uma revelação, deixando marcas que vão alterar a forma como imaginamos um espectáculo multimédia.

ZOETROPE é um espectáculo total que pode ser visto como um concerto encenado, uma produção coreográfica ou uma performance multimédia. Na realidade, definições que pouco importam, ficando ao critério de cada um.

Com ZOETROPE (cd / dvd), temos agora a oportunidade de mergulhar fundo na estrutura do espectáculo, observando imagens que vão muito além do simples plano global do espectáculo. Expressões dos músicos, detalhes visuais do palco ou grandes planos de elementos gráficos projectados nos três ecrãs gigantes presentes em palco, aparecem-nos agora com a clareza característica de uma produção inteiramente filmada em HD (alta definição).
Para além das imagens, é também disponibilizado aquele que é o novo álbum dos Micro Audio Waves, inteiramente composto pelas músicas que deram origem à banda sonora (live) do espectáculo.

Quantos frames por segundo? ZOETROPE trabalha com percepções e baralha-nos propositadamente: a ilusão retiniana descoberta por Muybridge (1830-1904) e montada num brinquedo chamado Zoetrope é o ponto de partida para uma viagem acelerada por ambiências espaciais, realidades alternativas, fantasias equestres e um compêndio de história da tecnologia. Porque na arqueologia do multimédia está a imagem animada, e porque hoje já não vivemos sem extensões do olhar, próteses que alargam a percepção e nos permitem ir ao micro e ao macro. Três ecrãs são preenchidos por informação visual, formando um invólucro em torno do espaço cénico ocupado pela banda, que além de Flak, C.Morg e Cláudia Efe, conta ainda com a colaboração de Francisco Rebelo.

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