segunda-feira, 30 de maio de 2016

SOL DA CAPARICA














Mão Morta, X-Wife ou Dj Zé Pedro ligam-nos a todos à corrente.

Espaço de todas as gerações e de todas as linguagens musicais, O Sol da Caparicatambém sabe com quantos acordes se faz um grande tema rock. 

No cartaz e das bandas até agora divulgadas, fazem parte as propostas eletrificadas, desafiantes e até em certa medida transgressoras dos Mão Morta e dos X-Wife. E algures entre Braga e Nova Iorque, ou seja entre o rock alternativo da banda de Adolfo Luxúria Canibal e a ligação à cena No Wave que tanto inspirou o grupo de João Vieira, está Zé Pedro, alguém que que tem o pedigree rock certo, assinando regularmente alguns dos mais pesados dj sets que se fazem por cá, com espaço para irem de Queens of the Stone Age aos Capitão Fausto e onde mais ditar a inspiração do momento.

DJ Zé Pedro: rocker mais rocker não há

Capaz de cruzar os mais inflamados clássicos com os mais recentes sons, capaz de ir das sonoridades mais alternativas das guitarras, aos riffs que movem montanhas, Zé Pedro tem um ouvido de ouro e uma capacidade singular de selecionar a banda sonora mais rock and roll que o universo da música tem para nos oferecer. A Zé Pedro nada escapa: se for elétrico, tiver guitarras, energia e atitude ele vai certamente dar-lhe atenção

X – Wife: espírito internacional, classe nacional!

O novo single “Movin’ up”, produzido pela banda, mostra-nos uns energéticos X-Wife, que souberam aproveitar muito bem as suas recentes experiências paralelas. Um som mais rico e orgânico, que segue as tendências de “Infectious Affectional”, mas complementa-as com novos elementos e com músicos convidados. Os X-Wife são a banda portuguesa presente na banda sonora do jogo de culto EA SPORTS FIFA 16. O tema “Movin’ Up” foi escolhido para o jogo e será, certamente, um dos pontos altos do concerto que assinarão na próxima edição do Sol da Caparica.

Mão Morta voltam a inflamar energias!

“Pelo Meu Relógio São Horas de Matar”, o álbum de originais mais recente do grupo de Adolfo Luxúria Canibal, é mais um registo pesado, recheado de conotações políticas que mostra um grupo em topo de forma que entende como nenhum outro o poder das palavras. Foi sempre assim ao longo de uma recheada carreira, que teve marcos de palco de locais históricos como o RRV, a Casa da Música ou o Centro Cultural de Belém e o Coliseu e que continua a desafiar-se: os Mão Morta fizeram recentemente apresentações com o prestigiado Remix Ensemble da Casa da Música, por exemplo.

Vencedores de múltiplas distinções de discos do ano, os Mão Morta representam o raro caso de sintonia entre os aplausos da crítica e os favores do público, tendo ao longo dos anos entregue ao imaginário elétrico nacional hinos como "Budapeste" ou "Oub' Lá", monumentos rock sem truques que continuam a inflamar energias. Vai certamente ser assim no Sol da Caparica.

Carlos Tê: Debaixo da Língua com "m**da na algibeira"

Os poetas - como Fernando Pessoa ou Alexandre O'Neil -, as ideias e os truques para escrever canções e, claro, as histórias na base de monumentos rock como "Chico Fininho", o eterno clássico do primeiro álbum de Rui Veloso, são algumas das coordenadas para a conversa com Carlos Tê, um dos mais celebrados letristas a emergir da geração de 80 do boom do rock português. Tê, que escreveu boa parte das letras da discografia de Rui Veloso, provou ser possível equilibrar eletricidade com o legado linguístico de Camões e inspirou gerações inteiras até ao presente. "Sei perfeitamente onde fui buscar a ideia de nomear terras, Porto Covo, Porto... Se o Neil Young pode falar do Ontario porque é que eu não hei-de poder fazer o mesmo".

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